domingo, 9 de julho de 2017

Síndrome do comprar compulsivo

Oniomania
Síndrome do comprar compulsivo


Oniomania (do grego onios, à venda, e mania, insanidade) é o termo técnico para o desejo compulsivo de comprar, mais comumente conhecido como síndrome do comprar compulsivo. 
O termo foi inicialmente utilizado por Kraepelin em 1915 e Bleuler em 1924.



Abaixo, trecho da matéria 

"Síndrome de Becky Bloom: Quando comprar se torna doença"


Segundo alguns estudos publicados pela USP, o percentual da população brasileira que sofre deste problema chega a somar 3%. Pode parecer pouco, mas quando se tem mais de 190 milhões de habitantes, 3% se torna um número com muitos zeros.

Essa doença que aflige tantos brasileiros é caracterizada como um transtorno de personalidade e mental, e fica classificado dentro dos transtornos do impulso, são os chamados “obsessivo-compulsivos”. “A pessoa não consegue resistir e enquanto não compra, fica irritada, com as mãos suadas, se sentindo ansiosa, com taquicardia. Ao realizar a compra sente-se aliviada e logo depois arrependida e culpada por ter comprado mais do que precisava, ou objetos desnecessários”, explica a psicóloga Tatiana Zambrano Filomensky que é membro do Ambulatório do Jogo Patológico e Outros Transtornos do Impulso da USP (AMJO – USP).


Outro dado importante é que essa doença afeta muito mais mulheres do que homens e, segundo aponta o neuropsicólogo Daniel Fuentes, coordenador da AMJO-USP, todas possuem um temperamento marcante e forte, são desenvoltas, ágeis, dinâmicas, perfeccionistas além de possuírem grande desenvoltura social e cultural. Além disso, ele as classifica como imediatistas e muito inteligentes.


A oniomania pode gerar muitos problemas, já que os compulsivos acabam atraindo dívidas que chegam a até mesmo dez vezes sua renda mensal, existem casos de mulheres que gastam seu salário inteiro em um par de sapatos, e quando afastadas de qualquer forma de crédito, impossibilitadas de comprar, algumas mulheres chegam ao extremo de roubar em lojas, aplicar golpes, passar cheques sem fundo ou até mesmo pedir dinheiro emprestado para quitar suas dívidas, adquiridas por causa dessa compulsão. Essas reações não demonstram falta de caráter, mas podem ser consideradas como sintomas de uma doença psicológica grave.


Geralmente, viciados em compras procuram por tratamento por acabarem influenciando negativamente a vida de parentes e amigos.


Na opinião de Fuentes, existe a possibilidade de que a doença esteja associada a transtornos de humor e de ansiedade, dependência de substancias psicoativas (tais como álcool, tóxicos ou remédios), transtornos alimentares como bulimia ou anorexia e controles de impulsos. A compulsão por compras também aparece como uma forma de aliviar sentimentos de frustração, vazio, solidão, tristeza e depressão, um desejo de possuir, de poder ter e que geralmente fica reprimido. Ao não conseguir ter seus desejos atendidos o indivíduo acaba sofrendo uma grande pressão interna e essa pressão leva à necessidade de possuir coisas novas como a única forma de prazer e assim tenta preencher o “buraco” deixado por problemas do dia a dia.


Ainda não existe uma explicação para que a "Síndrome de Becky Bloom" seja mais comum em mulheres do que em homens, mas acredita-se que seja por uma questão social e cultural.


Para ler toda matéria, acesse: 
Por Daniele Batista
http://nadafragil.com.br/sindrome-de-becky-bloom-quando-comprar-se-torna-doenca/

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