A febre amarela é doença febril aguda, de curta duração, de natureza viral, com gravidade variável, encontrada em países da África, das Américas Central e do Sul. A forma grave caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática e renal, que podem levar o paciente à morte em no máximo 12 dias. É causada por um arbovírus pertencente ao gênero Flavivírus da família Flaviviridae.
A transmissão se faz através da picada de mosquitos, como o Aedes aegypti (febre amarela urbana) e várias espécies de Haemagogus (febre amarela silvestre).
Na forma urbana, que não ocorre no país desde 1942, o vírus é transmitido pela
picada de Aedes aegypti (ciclo homem-mosquito-homem);
Na forma silvestre, a transmissão se faz de um macaco infectado para o homem,
através da picada de mosquitos Haemagogus (ciclo macaco-mosquito-homem). A febre amarela silvestre na realidade é uma zoonose, doença própria de animais que passa parao homem. O homem não imunizado se infecta de forma acidental ao ingressar em matas onde o vírus está circulando entre os macacos.
As formas urbana e silvestre diferem apenas epidemiologicamente, não existindo
diferenças etiológicas, clínicas, histopatológicas ou laboratoriais.
Febre amarela silvestre: descrita no Brasil em 1937, estando ainda presente
nas Regiões Norte, Centro-Oeste e faixa pré-amazônica maranhense.
Febre amarela urbana: é conhecida no Brasil desde 1685, ano de registro da
primeira epidemia, em Recife. Foi responsável por muitos óbitos e perdas de
natureza econômica e social. Ocorre em forma epidêmica, com alta letalidade,
nos casos que evoluem para formas graves (com hemorragias e icterícia). O
último caso descrito foi em 1942, em Sena Madureira, Acre.
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Fonte: Dengue instruções para pessoal de combate ao vetor : manual de normas técnicas - Ministério da Saúde - Página 9
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