quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Síndrome de Stendhal

Imagem: Today in Social Sciences
A síndrome de Stendhal, também conhecida como síndrome da sobredose de beleza, refere-se a um distúrbio psicossomático, caracterizado pela aceleração do ritmo cardíaco, tonturas, desmaios, confusão mental e até alucinações quando o indivíduo entra em contato com obras de arte, especialmente quando em locais fechados.

Mais frequentemente, os indivíduos acometidos são jovens, habitualmente turistas europeus, detentores de elevado nível cultural e com grande sensibilidade estética, na maior parte dos casos solteiros ou viajantes solitários.

Este distúrbio foi descrito pelo autor francês Stendhal, pseudônimo de Henri-Marie Beyle, que descreveu sua experiência durante a sua visita à basílica de Santa Cruz, em Florença, no ano de 1817, em seu livro intitulado “Nápoles e Florença: uma viagem de Milão à Reggio”. Contudo, esta síndrome foi nomeada somente em 1979, pelo psiquiatra italiano Graziella Magherini, quando o mesmo descreveu mais de 100 casos semelhantes entre turistas e visitantes de Florença.

As manifestações clínicas variam muito, englobando:

  • Vertigem;
  • Desmaios;
  • Alucinações e alterações da percepção;
  • Desequilíbrio afetivo;
  • Depressão;
  • Angústia ou ataques de pânico.

Os episódios de mal-estar experimentados por indivíduos acometidos pela síndrome de Stendhal não costumam levar a graves consequências, com recuperação total dentro de poucos dias. É necessário apenas repouso, afastamento de locais ricos em cultura e arte, proximidade de algo familiar, podendo também incluir o uso de alguns fármacos leves. Contudo, pacientes que apresentam mania de perseguição, dissociações psicóticas ou alucinações costumam recuperar-se mais lentamente.

Fonte: InfoEscola

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