Imagem: Alakazoo |
Aleitamento materno e inteligência
A metanálise que avaliou a associação entre aleitamento materno e inteligência, por meio da avaliação do QI, foi realizada com 18 estimativas de 16 estudos de coorte e um estudo transversal. Só foram incluídos na metanálise estudos que levaram em consideração a estimulação da criança em casa, na tentativa de controlar essa variável tão importante quando se avalia desenvolvimento infantil. A maioria dos estudos (72%) mediu o desfecho em crianças (1 a 9 anos) e o restante na adolescência (10-19 anos); e a metade dos estudos ajustou a análise para QI materno. Apenas dois estudos foram conduzidos em países de baixa/média renda.
Todos os estudos mostraram maior QI nas crianças amamentadas quando comparadas com as não amamentadas ou amamentadas por menos tempo. A diferença média de QI foi de 3,44 pontos. Estudos que controlaram para QI materno mostraram menor diferença (2,62 pontos), porém ainda significativa, assim como os que mediram o desfecho na adolescência.
Os autores comentam que a explicação para essa associação pode ser a presença de ácido graxos poli-insaturados de cadeia longa, tais como ácido araquidônico e ácido docosahexaenóico no leite materno. Adicionalmente, o aleitamento materno pode promover uma melhor ligação entre mãe e bebê, o que pode se refletir no desenvolvimento da criança.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria
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