quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Novo equipamento para tratamento de arritmias

Dr. Gustavo Glotz de Lima diz que aparelho permite grande precisão
Crédito: Natália Rodrigues / divugação / CP
Cardiologia inova no tratamento de arritmias

A partir deste mês [janeiro, 2010], o Instituto de Cardiologia passa a oferecer um novo equipamento para tratamento de arritmias complexas. Será voltado à fibrilação atrial, que se caracteriza pela batida rápida e irregular do coração durante a qual as duas câmaras superiores do coração (os átrios), tremem ou fibrilam em vez de baterem normalmente. A incidência da anomalia aumenta com o avançar da idade, mas pode acometer jovens e atletas. Doença reumática, das artérias coronárias, pressão alta, diabetes, excesso de hormônios da tireoide (tireotoxicose) e apneia do sono são fatores de risco. 

Para o chefe do Serviço de Eletrofisiologia e Arritmias do IC, Gustavo Glotz de Lima, o novo aparelho é uma inovação no hospital. "Permite a realização do mapeamento eletroanatômico, em que os fenômenos elétricos que comandam a contratilidade cardíaca podem ser localizados com excelente precisão anatômica." As imagens podem ser integradas a resultados de tomografia computadorizada ou de ressonância magnética permitindo a abordagem dos circuitos mais complexos das arritmias cardíacas. 

O médico explicou que durante ritmo normal do coração os impulsos elétricos que fazem os átrios se contraírem são provenientes de uma pequena área do átrio direito chamado de nó sinusal. Durante a fibrilação atrial, esses impulsos vêm de toda a superfície dos átrios, ativando 300 a 500 vezes por minuto as câmaras superiores do coração. Esse batimento rápido e irregular não pode bombear sangue de forma eficaz e como resultado o sangue tende a se estagnar, aumentando o risco da formação de coágulos, que podem causar embolias para o cérebro, pulmões e rins, entre outros órgãos.

Fonte: Correio do Povo
ANO 115 Nº 108 - Porto Alegre, Sábado, 16 de janeiro de 2010

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