Lúpus aumenta em mais de 50%
o risco de demência, diz estudo
A doença autoimune já era associada à perda de memória,
mas uma pesquisa israelense acaba de comprovar
sua relação com problemas como Alzheimer
O chamado lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença crônica que atinge principalmente mulheres jovens – mas que pode ter consequências típicas da velhice. Cientistas israelenses descobriram recentemente que o distúrbio está ligado, para pessoas de qualquer idade, a um risco 50% maior de demência (conjunto de encrencas neurodegenerativas entre as quais se enquadra o Alzheimer).
Ao estimular em excesso o sistema imunológico, o lúpus afeta principalmente rins, pulmões, pele e articulações de suas vítimas. Entre os órgãos prejudicados, no entanto, também se encontra o cérebro. Tanto que já existiam pesquisas indicando uma possível relação entre a doença e déficits de memória.
A novidade do levantamento da Faculdade de Medicina da Universidade de Tel Aviv, em Israel, foi cruzar as informações de prevalência de LES com as de demência propriamente a partir dos dados da maior rede de planos de saúde do país, a Clalit Health Care. Os cientistas compararam 4 886 israelenses com lúpus a outros 24 430 sem a doença.
Os resultados de tamanho esforço foram divulgados no International Journal of Geriatric Psychiatry. E, em resumo, indicam que pessoas com lúpus em qualquer faixa etária têm uma probabilidade 51% maior que as demais de apresentar alguma demência. Ainda não dá pra saber se de fato é o lúpus que está causando tamanho transtorno para o cérebro, mas a novidade revela a importância de não negligenciarmos a saúde mental dos sujeitos com LES.
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https://saude.abril.com.br/medicina/lupus-aumenta-risco-de-demencia/
Fonte: Saúde Abril
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