Como marca-passo de americano levou polícia a acusá-lo de crime
Quando as chamas tomaram conta da casa de Ross Compton, em Middleton, Ohio (EUA), ele conseguiu reunir algumas coisas antes de fugir pela janela. Para ser exato, encheu uma mala com 15 objetos de uso pessoal.
Entre eles, estava o carregador de seu marca-passo, um dispositivo que ajuda a controlar as irregularidade do ritmo cardíaco e que Compton usa há anos. Depois de quebrar uma janela com sua bengala, lançou seus pertences no jardim e saiu correndo o mais rápido possível.
Esse foi o relato de Compton, de 59 anos, aos bombeiros que apagaram o incêndio de sua casa, avaliada em US$ 400 mil (R$1,2 milhão). Um relato que, por vários motivos, despertou suspeita dos investigadores.
Segundo Jeff Spaulding, vice-diretor da unidade dos bombeiros, o fogo parecia ter se originado em vários pontos da residência, e não apenas em um. E, quando o cheiro de queimado começou a desaparecer, Spaulding notou o odor de gasolina.
Além disso, como um homem com um coração frágil, que precisa de um marca-passo e um dispositivo de assistência ventricular para sobreviver, conseguiu reunir tudo o que precisava em tão pouco tempo e escapar ileso do incêndio?
As suspeitas eram muitas, mas prová-las não seria fácil. Até que os investigadores descobriram que a evidência poderia estar escondida dentro do corpo de Compton.
Coração delator
Além de enviar impulsos elétricos ao coração para manter seu ritmo normal, o marca-passo armazena a atividade cardíaca do paciente.
Um cardiologista analisou essa informação e concluiu que ela não coincidia com o relato de Compton. Nem suas pulsações, nem o ritmo cardíaco mostravam sinais de alteração.
"É altamente improvável que Compton tenha sido capaz de reunir, botar na mala e levar essa quantidade de coisas, sair por uma janela e mover objetos grandes e pesados até a parte da frente da residência em curto período de tempo, devido a sua condição médica", ressaltaram as autoridades em um documento durante o julgamento de Compton.
"O aparelho não diz o que ele estava fazendo, mas ajuda a corroborar a história", disse Spaulding ao Washington Post. "Foi muito mais informativo do que pensávamos".
Compton, que é acusado de ter provocado o incêndio, em 19 de setembro passado, para receber o seguro da casa, declarou-se inocente quando foi indiciado, na semana passada. O julgamento continua.
Fonte: BBC Brasil
Quando as chamas tomaram conta da casa de Ross Compton, em Middleton, Ohio (EUA), ele conseguiu reunir algumas coisas antes de fugir pela janela. Para ser exato, encheu uma mala com 15 objetos de uso pessoal.
Entre eles, estava o carregador de seu marca-passo, um dispositivo que ajuda a controlar as irregularidade do ritmo cardíaco e que Compton usa há anos. Depois de quebrar uma janela com sua bengala, lançou seus pertences no jardim e saiu correndo o mais rápido possível.
Esse foi o relato de Compton, de 59 anos, aos bombeiros que apagaram o incêndio de sua casa, avaliada em US$ 400 mil (R$1,2 milhão). Um relato que, por vários motivos, despertou suspeita dos investigadores.
Segundo Jeff Spaulding, vice-diretor da unidade dos bombeiros, o fogo parecia ter se originado em vários pontos da residência, e não apenas em um. E, quando o cheiro de queimado começou a desaparecer, Spaulding notou o odor de gasolina.
Além disso, como um homem com um coração frágil, que precisa de um marca-passo e um dispositivo de assistência ventricular para sobreviver, conseguiu reunir tudo o que precisava em tão pouco tempo e escapar ileso do incêndio?
As suspeitas eram muitas, mas prová-las não seria fácil. Até que os investigadores descobriram que a evidência poderia estar escondida dentro do corpo de Compton.
Coração delator
Além de enviar impulsos elétricos ao coração para manter seu ritmo normal, o marca-passo armazena a atividade cardíaca do paciente.
Um cardiologista analisou essa informação e concluiu que ela não coincidia com o relato de Compton. Nem suas pulsações, nem o ritmo cardíaco mostravam sinais de alteração.
"É altamente improvável que Compton tenha sido capaz de reunir, botar na mala e levar essa quantidade de coisas, sair por uma janela e mover objetos grandes e pesados até a parte da frente da residência em curto período de tempo, devido a sua condição médica", ressaltaram as autoridades em um documento durante o julgamento de Compton.
"O aparelho não diz o que ele estava fazendo, mas ajuda a corroborar a história", disse Spaulding ao Washington Post. "Foi muito mais informativo do que pensávamos".
Compton, que é acusado de ter provocado o incêndio, em 19 de setembro passado, para receber o seguro da casa, declarou-se inocente quando foi indiciado, na semana passada. O julgamento continua.
Fonte: BBC Brasil
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