domingo, 6 de novembro de 2016

Capacete contra lesões no cérebro de bebês é premiado


Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz desenvolveram um dispositivo capaz de interromper lesões cerebrais em recém-nascidos com falta de oxigênio. O problema, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é responsável pela morte de quatro milhões de bebês todos os anos. O invento é uma lâmina que, rapidamente, se torna um capacete flexível, resfriando o local da lesão cerebral, interrompendo o aumento de temperatura local e o progresso de lesões no cérebro de recém-nascidos que têm asfixia. Assim evita processos irreversíveis ou até a morte.

O equipamento armazena um gás que permite ao cérebro continuar funcionando normalmente. O tratamento pode durar até quatro horas, tempo para que a criança possa chegar ao hospital. O dispositivo é indicado para resfriar o cérebro de recém-nascido em situação de risco, contribuindo para evitar mortes por asfixia em crianças nascidas de partos em situação inadequada. Também pode ser um diferencial em regiões com rede de saúde precária.

O resfriamento do cérebro é uma técnica existente no mundo inteiro, informa o pesquisador da Fiocruz Renato Rozental, especialista em neurociências e neurologia do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), que lidera os estudos. A inovação do capacete flexível, esclarece ele, está na facilidade: pequeno e leve, o aparelho pode ser levado para qualquer lugar, e no fato de que independe de energia elétrica, baterias ou água corrente.


“Poderá ser usado até nas maternidades. Hoje o recém-nascido em situação de risco tem o corpo todo submetido a baixas temperaturas, o que pode desencadear arritmias cardíacas e disfunções de coagulação sanguínea. Com o aparelho, o tratamento pode ser localizado apenas na cabeça. No momento, o invento depende de financiamento para chegar ao mercado.  

Para continuar lendo esta matéria, acesse o site da Fiocruz:
https://agencia.fiocruz.br/capacete-contra-lesoes-no-cerebro-de-bebes-e-premiado

Fonte: Agência de Notícias da Fiocruz
Regina Castro (CCS/Fiocruz) e Gardênia Vargas (CDTS/Fiocruz)

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